O Jardim Encantado: Ou o Segredo Da Brisa

Josefa de Lima* ? licenciada em Sistemas Europeus de Educa??o de Inf?ncia, tendo feito especializa??o em Pr?ticas Pedag?gicas e Metodologia na Educa??o de Inf?ncia na Universidade Aut?noma de Barcelona, ao abrigo do programa Eurasmus. Para al?m de uma vida ligada ao ensino e ? educa??o, onde chegou a exercer cargos de coordena??o e direc??o, Josefa de Lima tem repartindo a sua vida entre a imprensa, (Bragan?a, Lisboa, Algarve) o teatro, a escrita e a r?dio.

No campo do teatro passou por tr?s companhias com pap?is de destaque, em algumas delas, por?m ? no campo da escrita que desde cedo come?ou a angariar uma legi?o de fi?is leitores. O seu primeiro livro foi alvo da aten??o de David Mour?o-Ferreira que prefacia "? Esquina do Olhar", e que valeu a Men??o Honrosa no concurso de poesia "Pr?mio Internacional da Paz - 1988"; sendo ainda alvo da aten??o do Mestre Martins Correia, que ilustrou a capa e contrapa.

"Nascida em Vila Real de Santo Ant?nio, regressou de Lisboa ao ber?o do Sul em tempo j? de "madureza". ? uma das mais singulares vozes da poesia portuguesa da contemporaneidade."

"O Jardim Encantado ou O Segredo da Brisa"- "O segredo do Indiz?vel...

"Nesta obra de Josefa de Lima, temos um mundo para a inf?ncia tal como ele ? imaginado pelas crian?as e onde animais, astros e elementos da natureza s?o os protagonistas do conto. No entanto, estas personagens surgem-nos emancipadas do dom?nio pedag?gico e moralizante que caracterizou, at? h? bem pouco tempo, quase toda a literatura para a inf?ncia, o que ? muito merit?rio. Ou seja, na observa??o do que n?o se entende, procura-se compreender melhor o comportamento dos seres humanos. E penso que esta ser? uma das for?as cognitivas das crian?as. (...) e sendo para as crian?as, n?o duvidamos que tem a dimens?o do mundo mais belo e amplo que se possa conferir ? literatura.

Lu?sa Monteiro, Escritora

"Um Olhar sobre o Jardim Encantado"

Este Jardim nasceu a partir dos sentidos, porque no momento exacto em que o meu olhar se demorou, um pouco mais sobre o real, captou uma nova ess?ncia at? ent?o oculta e indiferente, dada a proximidade. Registei de imediato as sensa??es colhidas, para que se n?o esfumassem e desaparecessem com o tempo e num pequeno bloco imprimi o instante, tal como uma c?mara fotogr?fica imprime o que se lhe coloca perante a objectiva. Numa leitura reflectida, encontrei no registo, o fio condutor que me levou ao acto criativo, propriamente dito. Nessa altura, o Jardim poderia ter sido transformado numa tela, numa escultura, num poema lapidado ou num outro "objecto", fosse ele qual fosse. Neste caso espec?fico, deu o corpo a um texto dram?tico tornado vivo por um grupo de crian?as, o meu grupo "Nau Catrineta". Descidas as cortinas, silenciados os aplausos, o futuro do "Jardim" ficaria assim comprometido. De port?es fechados. Decidi, naquele momento, dar-lhe uma outra vida, para que mais crian?as o pudessem conhecer.

E assim nasceu o conto.

A Autora, Josefa de Lima