Mem?ria das Estrelas sem Brilho

Na Mem?ria das Estrelas sem Brilho, conta-se a hist?ria de um estudante universit?rio que ? obrigado a interromper o curso para comandar um grupo de expedicion?rios que o governo portugu?s em 1917 enviou para as trincheiras da Flandres. A sua traject?ria e a dos homens que comanda, nas pequenas e grandes mis?rias de que foram v?timas e na liga??o ao que deixaram e ao que perderam, resulta num retrato emocionante e aut?ntico de um dos per?odos mais conturbados da sociedade portuguesa.
Romance de guerra, mas tamb?m romance de amor, Mem?ria das Estrelas sem Brilho relata a t?o in?til quanto obstinada busca da paz e da felicidade atrav?s de um caminho de escombros e flores cortadas, capacho do tempo e dos seus caprichos.
Afirma o cr?tico Milton Azevedo que, «al?m de seu valor liter?rio como narrativa de fic??o propriamente dita, constat?vel ? primeira leitura, o romance tem grande interesse como retrato da sociedade portuguesa, que forma o background da narrativa. O narrador, homem de seu tempo (ou tempos) e classe social, tem uma vis?o t?o n?tida da sua sociedade quanto ? poss?vel esperar de algu?m que nunca p?de sair dela para observ?-la de fora. ?, portanto, uma vis?o na?ve, informada apenas por elementos colhidos dentro daquela sociedade. Mas ? uma vis?o arguta, porque o narrador ? um indiv?duo inteligente e l?cido. E complementada, ? claro, pela vis?o, indirectamente transmitida ao leitor, do Rato, que ? um verdadeiro co-protagonista (e n?o apenas um sidekick) - um pouco, mutatis mudantis, como Sancho Pan?a, sem o qual o Quixote ficaria impens?vel.