N?o temos qualquer pretens?o de trazer solu??es para os dilemas da sociedade, tampouco de apresentar curas "milagrosas". N?o se trata de um livro de psicologia ou sociologia. Minha experi?ncia com a ci?ncia me mostrou que somos condicionados a defender uma ideia. Por?m, se a ideia for coerente, ela n?o precisa de defensores. Assim somos n?s quando temos uma ideia: queremos defend?-la a qualquer custo. Aqui entra o s?rio perigo de, inconscientemente, buscarmos justificativas "injustific?veis" para defender nossa ideia. Por vezes, sequer se trata de uma ideia nossa. Nesse caso, podemos estar em um processo de condicionamento, no qual defendemos ideiais alheias. Este livro traz uma proposta de n?o defender ideias ou pessoas, mas considerar os fatos que nos chegam para, ap?s longa e intensa reflex?o, compreender que n?o ? nossa atribui??o defender uma ideia, seja ela qual for, mas ? nossa responsabilidade buscar a coer?ncia consciencial. A quest?o n?o ? estarmos certos ou n?o, mas dar oportunidade a n?s mesmos para mudar nossas opini?es.
A quantidade enorme de informa??es que recebemos todos os dias tem provocado um efeito estudado por Leon Festinger em meados do s?culo XX: a disson?ncia cognitiva. ? muito comum que o crit?rio para adotar como verdadeira uma informa??o seja o interlocutor. Se confiamos na pessoa, tomamos como verdadeiras quaisquer informa??es que ele nos passar. Esse vi?s ? equivocado por diversos motivos e esse ser? o debate ao longo desse texto. Primeiro, o crit?rio jamais deve ser o outro, uma vez que todos n?s estamos sujeitos a erros. Segundo, por termos capacidade intelectual suficiente para tomarmos, por n?s mesmos, a decis?o se a informa??o est? ou n?o correta. O texto que trazemos n?o ? de autoajuda e, tampouco, de roteiros prontos e universais para qualquer situa??o da vida. Pelo contr?rio, ? uma das in?meras maneiras de tornar rotineiro o acesso ? pr?pria consci?ncia, sem exerc?cios de f? cega no outro ou de cren?a superficial. O texto traz m?todos de acessar a consci?ncia e minimizar os conflitos ?ntimos na compreens?o da natureza e de n?s mesmos. N?o h? nada de miraculoso ou qualquer forma de promessa. Trata-se de uma proposta simples para adotar o exerc?cio da mente para decidir se uma informa??o faz ou n?o sentido, o que favorece a emancipa??o das escolhas e a liberdade de pensamento, sem qualquer v?nculo com as opini?es alheias. A partir do exerc?cio da consci?ncia, tornamo-nos livres para planejar a??es, sem necessidade de recorrer ?s outras pessoas para saber se estamos ou n?o no caminho correto.
Na pr?tica, a identifica??o franca e sincera dos estados de disson?ncia cognitiva favorece alcan?ar a conson?ncia cognitiva em estados mais elevados de consci?ncia. S?o dois patamares, o da disson?ncia e o da conson?ncia, o primeiro sendo a origem e o segundo o destino. A proposta com esse texto ? no intervalo entre ambos, quando ocorrem rupturas de paradigmas que nos levam aos estados mais elevados. De fato, ao "varrermos nossos problemas para baixo do tapete", certamente n?o os superamos; apenas prorrogamos a resolu??o. Adiar a resolu??o de uma situa??o que nos consome pode gerar situa??es mais delicadas, pois outras quest?es se somam ?s j? existentes.
Voc? tem certeza que todas as suas d?vidas est?o resolvidas e que voc? sabe as respostas para todos os seus dilemas? Se tiver certeza disso, o convite ? para que voc? leia este livro por curiosidade. Contudo, se voc? for como eu, com minhas d?vidas, eu o convido para ler e identificar seus estados dissonantes e consonantes, transformando sua forma de ver o mundo.
Desejo uma excelente leitura e n?o se esque?a de tecer seus coment?rios. Desde que sejam respeitosos, ser?o sempre muito bem vindos.
Author: Fred Ayres |
Publisher: Independently Published |
Publication Date: Dec 15, 2024 |
Number of Pages: 204 pages |
Binding: Paperback or Softback |
ISBN-10: NA |
ISBN-13: 9798303758360 |