

"E, ao final de uma noite plena, / Onde tenhamos ignorado todas as conven??es, / Eternize em minha mente uma er?tica cena, / Onde minha Poesia a tenha libertado de seus grilh?es..."
"Se voc? se comportar, quem sabe eu lhe revele / Segredos que jamais revelei a ningu?m, / Soprados em meus ouvidos pela Fantasia, / Perene amiga dos poetas insanos, / Que se diverte em tortur?-los, / Mostrando-lhe mulheres lindas / E lugares que jamais existiram, Onde elas nunca estiveram / E nem mesmo seu perfume restou, / Para contar uma hist?ria apimentada / Sobre amores que n?o deveriam ter existido, / E jazem escondidos / Sob os umbrais da Eternidade..."
"Nossos corpos s?o gramaticais: / Aglutinam-se, / Justap?em-se, / Pressup?em-se, / Aplicam toques lingu?sticos, / Sintetizam beijos, / Diretos e indiretos, / Interpretam sentidos, / Trocam reg?ncias, / Palavras ativas e passivas,"
"Que ? esse ponto de interroga??o / Bailando nesses teus olhos infelizes? / Qual ser? o segredo dessa quest?o, / Afinal, que queres dizer, mas n?o dizes?"
"Se alguma noite eu estiver b?bado / De amor e luar, / Talvez, apenas talvez, / Eu lhe abra meu cora??o, / E lhe conte alguns segredos / Que guardei no fundo do cofre / Que em minha alma reside, / Cheio de guardados inconfess?veis, / Versos de amor jamais escritos, / Trovas que fariam a Lua ruborizar-se, / E, se eu vivesse na ?poca da Inquisi??o, / Talvez fosse queimado numa fogueira,"
"Um dia ? da ca?a, / Outro de quem a persegue / Com fogo no olhar, / Principalmente quando a primeira / Usa saia justa e blusa decotada,"
"Contra o envelhecimento n?o h? o que fazer, / E as mem?rias aos poucos v?o se apagando, / Um inevit?vel efeito colateral de envelhecer, / E entre as mais implac?veis mudan?as, / Infelizmente, as que mais doeram / ? que me lembro do que nem devia lembrar, / Mas aquelas inesquec?veis lembran?as, / Que na noite da alma se perderam, / Foram aquelas que eu mais queria guardar..."
"Essa sua roupa transparente revela / Muito mais do que somente na apar?ncia, / Um mist?rio que ainda n?o decifrei, / Pois, mais do que seu corpo lindo, sedutor, / Mostra at? o que na sua alma trafega, / E confidencia-me que ela ? devassa, / Como acontece com a minha tamb?m,"
"Essa ang?stia que se espalha / Com minha solid?o se parelha / E em minhas sinapses se empilha, / N?o me deixando escolha, / Pois em minhas veias se entulha. / A solid?o corta como navalha, / Deixando minha vista vermelha, / Meu olhar j? n?o brilha, / Publiquei at? a ?ltima folha / Da Poesia que em mim borbulha."
"Por favor tome cuidado / Com aquelas mem?rias / Das quais mal se lembra / Pois a algu?m elas pertencem / E talvez lhe fa?am falta / E n?o se sabe como / Foram parar em sua cabe?a"
"Horas depois, numa cama, enfim saciados, / Voc? me pergunta por que demorei tanto, sorrindo, / E eu lhe pe?o perd?o, com os olhos marejados, / Mas n?o tinha certeza de que chegaria esse momento lindo, / Em que n?s dois nos descobrir?amos apaixonados, / N?o sabia que era para mim mesmo que voc? se produzia, / E n?o imaginava ver seus segredos enfim desvendados, / Nessa linda noite, na qual descobri o amor e a Poesia!"
"Confessamos um ao outro segredos / Que guardamos por tempo demais, / Mas nunca ? tarde / Para se descobrir o amor, / Ainda mais quando ele est? por aqui, / Bem ao nosso alcance, / A poucos cent?metros de dist?ncia, / Bastando um m?sero toque das m?os / Ou uma troca de interrogativos olhares / Que revelem existirem sentimentos / Nos quais n?o se ousara acreditar..."
Author: Marcos Avelino Martins |
Publisher: Independently Published |
Publication Date: Jul 20, 2022 |
Number of Pages: 114 pages |
Binding: Paperback or Softback |
ISBN-10: NA |
ISBN-13: 9798841434887 |